Mike Kuniavsky fala sobre a internet das coisas

Mike Kuniavsky foi um dos fundadores da Adaptive Path, é autor do livro Smart Things, e atualmente é CEO da ThingM, uma empresa voltada a criar soluções de hardware e software pra facilitar a vida de pessoas como nós ― designers que querem criar interfaces com o mundo digital, sem quebrar a cabeça com hardware e software!

Na conferência GigaOM Mobilize, realizada em San Francisco, Kuniavsky falou sobre o cenário atual, propício à concretização da Internet das Coisas. O detalhe é que ele não entra na questão mais complicada, que é justamente o que virá a ser efetivamente a internet das coisas. Mas mostra como as peças necessárias a sua existência já estão por aí. Aliás, trabalho semelhante já havia sido feito no livro Everyware, do Adam Greenfield, que já comentei aqui antes.

Leia a matéria completa (com trechos da apresentação em vídeo) no site da GigaOM

Uma dica: Mike Kuniavsky é um dos palestrantes convidados para o
Interaction South America 2011.

Sistemas de informação ambiente

Um dos tópicos que serão abordados neste semestre diz respeito aos Sistemas de Informação Ambiente. Esse foi o tema de minha pesquisa no doutorado, que finalizo esta semana.

É um recorte que aproxima bem a computação pervasiva do campo do design da informação. Alguns workshops específicos sobre esse tema ocorreram em congressos de ubiquidade computacional (lamentavelmente, o site do workshop não está mais online). Ainda carecemos de um espaço próprio para discutir esse assunto, embora já existam muitos projetos nessa linha. Há, inclusive, uma empresa desenvolvendo produtos comerciais a partir desse conceito (Ambient Devices).

Tive a oportunidade de apresentar uma parte de minha pesquisa no DRS2010, o congresso da Design Research Society, em Montreal, no ano passado. Segue abaixo a apresentação:

E para quem se aventurar, meu artigo, tal qual foi publicado nos anais do DRS 2010.

Mark Weiser

Conhecido como o “pai” da computação ubíqua, Weiser foi pesquisador-chefe no mítico centro de pesquisas da Xerox, em Palo Alto (XEROX-PARC), e lá desenvolveu a idéia de um caminho diferente para a evolução dos computadores. Vítima de um câncer, Weiser morreu cedo deixando uma produção pequena para a grandiosidade das idéias que tinha.

retrato de Mark Weiser

Mark Weiser, o "pai" da computação ubíqua

A leitura dos seus artigos é prazeirosa, e inspiradora. Vale a pena.

The computer of the 21st. century – o artigo mais conhecido, no qual ele lança as bases conceituais da computação ubíqua e apresenta alguns projetos que vinham sendo desenvolvidos no Xerox Parc naquela época. O texto é de 1991, e é notavel as predições que ele fazia do futuro. Algumas foram tímidas, notadamente as que tratam do aumento da capacidade do hardware. Outras ainda estão longe de acontecer. Me impressionei na primeira vez que li esse artigo, identificando nos tabs, pads e boards do Xerox Parc naquela época, aparelhos semelhantes ao que vemos hoje: os telefones celulares, os tablets e os quadros interativos.

The World is not a Desktop – nesse artigo ele continua a idéia desenvolvida anteriormente. Enfatiza a idéia do computador invisível, como aquele que usamos sem prestar atenção. Essa mesma idéia, presente também no texto anterior, seria novamente apresentada em um artigo posterior.

The coming age o Calm Technology – esse é o meu preferido. Aqui ele cunha o termo ‘calm technology’ e volta ao assunto de “deslocar a computação para fora do centro de nossa atenção”. Esse artigo foi o ponto de partida da minha tese de doutorado.

Fico imaginando o que Mark Weiser estaria fazendo hoje.