Mark Weiser

Conhecido como o “pai” da computação ubíqua, Weiser foi pesquisador-chefe no mítico centro de pesquisas da Xerox, em Palo Alto (XEROX-PARC), e lá desenvolveu a idéia de um caminho diferente para a evolução dos computadores. Vítima de um câncer, Weiser morreu cedo deixando uma produção pequena para a grandiosidade das idéias que tinha.

retrato de Mark Weiser

Mark Weiser, o "pai" da computação ubíqua

A leitura dos seus artigos é prazeirosa, e inspiradora. Vale a pena.

The computer of the 21st. century – o artigo mais conhecido, no qual ele lança as bases conceituais da computação ubíqua e apresenta alguns projetos que vinham sendo desenvolvidos no Xerox Parc naquela época. O texto é de 1991, e é notavel as predições que ele fazia do futuro. Algumas foram tímidas, notadamente as que tratam do aumento da capacidade do hardware. Outras ainda estão longe de acontecer. Me impressionei na primeira vez que li esse artigo, identificando nos tabs, pads e boards do Xerox Parc naquela época, aparelhos semelhantes ao que vemos hoje: os telefones celulares, os tablets e os quadros interativos.

The World is not a Desktop – nesse artigo ele continua a idéia desenvolvida anteriormente. Enfatiza a idéia do computador invisível, como aquele que usamos sem prestar atenção. Essa mesma idéia, presente também no texto anterior, seria novamente apresentada em um artigo posterior.

The coming age o Calm Technology – esse é o meu preferido. Aqui ele cunha o termo ‘calm technology’ e volta ao assunto de “deslocar a computação para fora do centro de nossa atenção”. Esse artigo foi o ponto de partida da minha tese de doutorado.

Fico imaginando o que Mark Weiser estaria fazendo hoje.

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Sobre mauro pinheiro

Professor adjunto do Departamento de Desenho Industrial da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), coordenador do Laboratório de Psicologia da Computação (LabPC). Minhas pesquisas acadêmicas tratam dos seguintes assuntos: design de interação, usabilidade, interação homem-computador, ubiquidade computacional, computação pervasiva, design da experiência, design da informação, questões sociais do uso de sistemas computacionais.

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