Na aula de hoje, apresentei alguns projetos feitos com a tecnologia de transmissão de dados RFID (Radio-Frequency IDentification)
Durante a aula, tentei mostrar algumas aplicações simples que desenvolvi com meu leitor Touchatag, mas a rede estava muito instável, e meu computador ficou tímido na hora H. Nessa confusão, a turma se dispersou e acho que poucos viram a coisa funcionando de fato.
De qualquer forma, há algum tempo fiz um vídeo mostrando os primeiros testes que desenvolvi, logo que adquiri o kit touchatag. Quem não pôde estar na aula vai pelo menos ter uma idéia do que dá pra fazer sem muita complicação, usando o touchatag e AppleScript (linguagem de programação bem simples, nativa dos computadores Apple, que permite controlar alguns dos seus programas).
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No vídeo eu uso o touchatag pra controlar o iTunes e o Adium (um Instant Messenger pra Mac). Na aula eu ainda mostrei como usar o touchatag pra fazer com que a webcam do Mac tirasse uma foto (usando o programa PhotoBooth, nativo do macbook). Outra etiqueta RFID foi programada pra realizar uma ligação via Skype para o telefone da minha esposa.
Essa plataforma é bem limitada. Pra usar o leitor no meu macbook foi preciso instalar um programa, responsável pela comunicação do leitor com a base de dados hospedada no site do touchatag. No site é que eu associo cada etiqueta RFID a uma função qualquer – e as funções disponíveis no site são bem limitadas. Uma maneira de minimizar essa limitação é criar programas próprios, e fazer com que as etiquetas simplesmente chamem esses programas. O site touchatag tem uma aplicação que serve pra abrir um site na internet. A base de dados associa uma etiqueta a um endereço na Internet. Mas é possível usar essa mesma aplicação para rodar um programa no computador – basta, ao invés de fornecer o endereço de um site, fornecer a localização do arquivo no computador. A inteligência nesse caso está no programa rodando localmente, no meu próprio computador, e não na aplicação disparada pelo site touchatag.
Essa gambiarra, obviamente, é super limitada. Mas é possível hackear o leitor e programar além das funções oferecidas pelo site, e o que é melhor, sem depender da Internet pra isso. Durante a aula, o Marquito conseguiu descobrir uma biblioteca pronta, que possibilitava a comunicação direta com o leitor touchatag, usando a linguagem de programação Processing. Ele chegou a fazer um programa pra ler os cartões RFID que ele tinha por ali, que não eram as etiquetas que vinham no pacote do touchatag. Cada cartão colocado sobre o leitor fazia com que um nome diferente aparecesse na tela do computador. Funcionou, sem qualquer mediação feita pelo site, tudo rodando localmente.
Esse brinquedinho é bem limitado, mas a idéia era apresentar o conceito, e partir pra elaboração de propostas, projetos que usem essa tecnologia. Existem diversos modelos de leitores, existem ‘shields’ RFID que podem ser usados junto com Arduino. Independente da solução técnica, me interessa mais discutir propostas de uso dessa tecnologia.
Pra quem tem mente criativa, o céu é o limite.
Muito legal isso, heim! Perdi a aula de hoje, mas deu pra me situar legal no assunto. Engraçado que, mesmo já existindo coisas mais “avançadas”, ainda encontramos muitas opções de uso para essas tecnologias.
Eu consigo fazer pouca coisa no Processing, mas mesmo assim fico feliz com os resultados. Recentemente consegui fazer um programinha similar ao paint funcionar (quase) direitinho e achei o máximo… Imagina se eu tivesse feito uma coisa dessas aí com RFID!!! Surtaria com certeza.
É muito interessante parar para pensar nas possibilidades que temos hoje e viajar um pouco nas possibilidades que teremos no futuro não muito distante. Muito bacana mesmo!
Maurinho, eu tenho o kit touchatag tb, fiz umas experiências parecidas, só que no windows 🙂
O limite do touchtag é chato, mas é bem mais trivial de usar que uma interface RFID normal. pena que esses caras não criaram uma API que não fosse via web.
Eu tô ansioso pra ver as primeiras ideias criativas usando NFC (http://en.wikipedia.org/wiki/Near_field_communication). Aí são máquinas falando entre si (e aposto que vão além de uma transação comercial, tipo pagar uma conta).
Parabéns pelo blog, virei freguês !
abração
dp
Fala DP! Valeu a visita! 🙂
Como eu comentei, o Marquito (um aluno do curso) conseguiu usar o leitor do touchatag sem precisar do ambiente web deles. Durante a aula mesmo ele encontrou uma biblioteca que permite a comunicação com o leitor via Processing. Foi ainda mais interessante, porque o leitor reconheceu os passes escolares, que os alunos usam no ônibus. Assim não ficamos presos às etiquetas que vieram no kit.
Acho que no fundo o ambiente web do touchatag é pros noobs que nem eu. 😉
Novos testes em breve! 😀